Daniel 6: 1 – 28

O capítulo 6 de Daniel é o último capítulo histórico, os capítulos seguintes
são constituídos de visões proféticas a respeito do futuro.
Devemos nos lembrar de que Daniel foi levado ao exílio babilônico aos 14
anos de idade, e agora vive na faixa dos seus 70 anos de idade.
Neste capítulo o império babilônico já havia caído e assume agora a dinastia
dos Medos e persas liderados pelo rei Dario.
Os versículos de 1 a 9 registram uma trama para acabar com a vida de
Daniel, pois ele assume o posto de terceiro maior em importância dentro
daquele reinado.
Daniel se torna o mais notável entre os 120 sápatras (governadores de
províncias) e estes tramam por matar Daniel.
O império babilônico caiu. Nele havia corrupção, luxúria e abandono de
todos os princípios morais. A desonestidade reinava naquele império… E
quando isto começa a acontecer o fim e a ruína de um governo é certa.
O rei Dario assume o novo reinado e ele precisa de um homem íntegro,
honesto e impecável e todos os seus caminhos… Este homem chama-se
Daniel.
O rei Dario percebeu em quem ele poderia confiar e lhe deu um dos mais
altos postos para governar.
Primeira grande lição: As pessoas ao nosso redor estão nos olhando.
Algumas para avaliar se vale a pena investir em você e se você é honesto
independente das circunstancias.
Mas, também pessoas estão de olho em você para tentar te derrubar, puxar
o tapete.
Não negocie seus valores… Mesmo no exílio Daniel se tornou um dos
principais presidentes por causa de sua honestidade.
A investida dos invejosos.
Os outros sápatras sabiam que Daniel adorava somente a Deus,
possivelmente se aproveitaram de sua ausência para fazer uma lei que durante
os próximos 30 dias somente o rei deveria receber adoração e orações e
qualquer pessoa que fizesse ao contrário seria lançado na cova dos leões.
Decreto uma vez assinado não se poderia voltar a trás… O que Daniel fez?

Absolutamente nada, continuou com sua jornada de fé e oração somente a
Deus. Três vezes ao dia orava da sacada de sua janela.
“As circunstancias mudam… mas nada muda um homem de Deus”.
Segunda grande lição: A oração sempre foi e continua sendo uma
poderosa arma de guerra seja qual for a circunstancia.
Devemos nos lembrar de algo importante: Daniel desde os seus 14 anos
resolveu em seu coração não se contaminar… Ele continua com a mesma
convicção.
Uma breve reflexão: Quando oramos aquele momento às vezes se torna
nossa cova maior que a dos leões.
Imagina alguns dilemas que Daniel tinha que enfrentar em momentos de
oração para não se contaminar.
Creio que Daniel sempre foi tentado pelo diabo para se contaminar…
Podemos imaginar o que se passou em sua mente.
“Por que não facilitar as coisas”. “Aproveite sua posição e privilégio para
gozar das coisas”. “Assegure seu futuro, você pode”. “Você perderá tudo se
não orar ao rei… Para que isto?”. “Vai valer a pena? Todos fazem iguais”.
Terceira lição: Muitas vezes nosso quarto de oração se torna um campo de
batalha da mente. É a luta da carne contra o espírito.
… Mas quando nos levantamos nos tornamos fortes que nada poderá nos
derrotar. Certamente resistiremos às ciladas do maligno e estaremos
preparados para enfrentar inclusive a cova dos leões.
Por fim os espiões denunciam Daniel.
Eles sabiam que Daniel não iria se dobrar e denunciaram-no ao rei… O Rei
não queria fazer aquilo, mas foi assinado um decreto.
Armadilha feita e agora Daniel se achava em perigo físico, mas
espiritualmente estava preparado para enfrentar tudo.

Quarta lição: O único modo de escapar do diabo é enfrentá-lo com
determinação. “Estejam alerta e vigiem. O diabo o inimigo de vocês anda ao
redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar… Resistam-lhe
permanecendo firmes na fé”. I Pedro 5: 9.
Daniel é lançado na cova dos leões.

As ordens do rei foram cumpridas, mas o rei dá suas últimas palavras para
Daniel… “Que o seu Deus a quem você serve continuamente o livre!”. (16).
Mal sabia o rei que suas palavras seriam verdadeiras. Daniel passa uma
noite inteira naquela cova e o rei passa uma noite inteira sem dormir.
Ao amanhecer o rei correu para o lugar onde Daniel havia sido lançado e
com voz de aflição faz uma pergunta inquietante: Será que o seu Deus a quem
você serve continuamente pôde livrá-lo dos leões?”.
Esta é a mesma pergunta que muitos fazem aos que creem. Será que Deus
poderá livrá-los? E agora como vai ser? O que será da vida dele daqui por
diante? Onde está o seu Deus?
Ouve-se então do centro da cova uma voz ainda mais surpreendente
do que a pergunta do rei… ”O meu Deu enviou o seu anjo que fechou a boca
dos leões… Eles não me fizeram mal algum… Fui considerado inocente”. (22).
O rei não via a hora de retirar Daniel daquela situação e deu ordens para
lançar na cova os leões os seus acusadores que os atacaram e os
despedaçaram.
Quinta lição: Todos que querem manter vidas cristãs fiéis a Deus podem
ter certeza que serão perseguidos.
Mas podemos ter uma certeza: Cristo sempre estará ao nosso lado e não há
sofrimento, dano ou martírio do qual não sairemos vivos.
Aqueles que se preocupam com a pureza espiritual e se recusam a se
dobrarem a este mundo desfrutarão da presença do Senhor, ficarão seguros
mesmo em meio às tribulações.
Infelizmente os ímpios terão de entrar na cova, serão devorados e nada
saberão a respeito do resgate e providencia de Deus… Pois insistiram em viver
em seus pecados.
Devemos sempre estar sempre firmes na fé, mesmo em tempos de
adversidades, sabendo que o nosso socorro vem do Senhor nosso Deus.
O Deus que livrou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego da fornalha, livrou
Daniel da cova dos leões, que fez a tempestade se acalmar no meio do mar,
que segurou Pedro no mar é o mesmo Deus a quem servimos e certamente
Ele nos livrará em tempo oportuno.

Gostaria de deixar uma última palavra de encorajamento: “Considero que os
nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em
nós será revelada”. Rm 8: 18.