“Diga-lhe: O Senhor, o Deus dos hebreus, mandou-me dizer-lhes: Deixe ir o
meu povo, para prestar-me culto no deserto”. Êxodo: 7: 16.
O povo hebreu viveu mais de quatrocentos anos debaixo de jugo e
escravidão no Egito.
Deus levanta Moises para libertar este povo e o coloca diante de faraó para
confronta-lo e pedindo para que ele deixasse o povo sair em liberdade.
Deus havia prometido uma terra, onde aquele povo viveria em verdadeira
liberdade.
LIBERDADE: Creio que esta é umas das palavras mais mal compreendidas
em nossa cultura.
Uma das mentiras mais devastadoras é que liberdade é a gente poder fazer
o que quiser, na hora que quiser.
Pensamos que liberdade é viver sem leis, sem regras, sem obrigações.
Por exemplo: Vivemos em um país democrático, onde existe liberdade…
Mas isto não significa que você pode fazer o que quiser.
Existem leis que regem a sua liberdade para que não seja confrontada com
a liberdade do “outro”.
Existem leis na sua liberdade para que outra pessoa que vive livre não seja
prejudicada.
Por exemplo: Até mesmo no carnaval, a maior festa da liberdade se criou
regras de comportamento: NÃO É NÃO. Creio que isto insinua que não
sabemos viver em liberdade.
Isto é necessário para que se crie um melhor mundo possível de convívio
social, moral, justo e democrático.
Dito isto, chegamos ao nosso texto.
Deus estava preparando um povo para viver em liberdade.
Moisés chega diante de faraó e lhe diz: “Deixe ir o meu povo”.
Se a mensagem parasse por aí, entenderíamos que Deus queria apenas
libertar o seu povo e isto já seria suficiente.
Porém a mensagem não é apenas deixe ir o meu povo, ela tem uma
continuação… “Para prestar-me culto no deserto”.
Todas as vezes que Moisés se encontrava com faraó, a mensagem era a
mesma. “Deixar meu povo sair para prestar-me culto”.
Ou seja, aquele povo seria liberto. Liberdade para um propósito.
Fomos chamados à liberdade para algo muito maior.
Percebam esta importância: Nossa liberdade não vem acompanhada de
promessas vazias.
A mensagem de Moisés a faraó é concluída desta forma: Deus deseja
por em liberdade um povo para que este povo preste culto a Ele.
Em outro tradução diz: “PARA QUE ME SIRVAM”.
CONCLUINDO: Liberdade para “que?”. – Liberdade para que me sirvam.
Gálatas 5: 1 Paulo vai fazer redundância a isto dizendo: “Foi para a
liberdade que Cristo nos libertou”.
Esta liberdade era para que não vivêssemos novamente em jugo de
escravidão, mas sim para vivermos para Deus.
SERVIR A DEUS, E VIVER PARA DEUS É UMAS DAS NECESSIDADES
MAIS URGENTES DA IGREJA NOS DIAS ATUAIS.
Creio que a igreja tem transformado nossa liberdade em Cristo para viver
em completa libertinagem.
Ou seja, não aprendemos ou ainda, desaprendemos a viver nesta liberdade.
Verdadeira liberdade sempre exige “LIBERDADE PARA…”.
Somos um povo liberto para um propósito, para uma missão.
Entendam…
Deus não libertou Israel da escravidão do Egito para que eles
pudessem viver para si mesmo.
Deus não libertou um povo para que eles pudessem inventar as
suas próprias identidades.
Deus não libertou um povo para projetar seus próprios estilos
de vida.
Deus não libertou um povo para buscarem seus próprios
interesses.
Deus não libertou um povo para viverem da forma que queriam.
Deus não libertou um povo para que eles criassem suas
próprias leis.
Não e Não! Deus os libertou para que se tornassem Dele.
Você consegue entender a razão de Cristo te libertar?
Se Cristo nos libertou do império das trevas e nos trouxe para o reino da
sua maravilhosa luz, como podemos querer viver andando da maneira que
queremos?
Ou já somos libertos em Cristo, ou ainda não somos.
Antes mesmo de Deus dar as leis de como aquele povo deveria viver Deus
estabelece uma aliança com aquele povo dizendo:
“Vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda
a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação
santa. Êx. 19: 5.
Ou seja, Deus estabeleceu uma aliança com um povo, para que este povo
fosse Dele, para adorar a Ele e para servir a Ele.
Um povo chamado por Deus para abençoar todas as nações da terra.
O papel da igreja, que é este povo chamado por Deus é abençoar a terra.
Ser sal e luz desta terra.
Mas como ser sal e luz se vivermos nos mesmos moldes desta cultura
emergente? Que diferença você faz neste mundo?
I Pedro 1: 14: Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus
desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo
aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem,
pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo”.
Pedro também vai fazer redundância com Moises e vai nos lembrar de
quem somos em Cristo Jesus.
“Vocês, porém são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
exclusivo de Deus para anuncias as grandezas daquele que os chamou das
trevas para sua maravilhosa luz”. I Pedro 2: 9.
Nossa verdadeira identidade espiritual é muito clara e precisamos sempre
nos lembrar disto.
Somos um povo escolhido por Deus.
Somos sacerdotes real de um Deus que reina.
Somos uma nação santa. (separados por Deus).
Somos um povo que tem um proprietário.
E temos uma missão sublime na terra.
Temos uma mensagem a ser proclamada neste mundo. Somos a pedra viva
de Deus. Ou seja, nós somos o mensageiro e a mensagem.
Nosso estilo de vida vai proclamar a mensagem.
Antes mesmo de aquele povo sair em libertação, Deus ordenou que eles
celebrassem a páscoa como sinal de uma aliança.
Eles deveriam sacrificar um cordeiro, passar o sangue nos umbrais das
portas, se reunirem em família e todos juntos veriam as maravilhas feitas por
Deus.
Hoje temos a ceia do Senhor como nosso símbolo de aliança eterna com
Ele.
Hoje é dia de celebrar nossa aliança com Jesus, analisarmos se estamos ou
não vivendo o pacto desta aliança e reafirmamos nosso compromisso com
Jesus.
Hoje é dia de dizer: Senhor, somos o teu povo e prostrados te adoramos,
pois somos libertos pelo sangue de Jesus vertido na cruz.