Romanos 15: 7
Nosso sonho como igreja é ser uma igreja acolhedora. Mas não somente que acolhe, mas que também integra às pessoas em nosso convívio espiritual.
Esta tem sido uma marca saudável em nossa igreja, uma característica bastante forte em nosso meio, mas que precisamos sempre alinhar e reprensar nosso papel como igreja de Cristo.
O que é acolher? É receber alguém, hospedar, agasalhar, aceitar, dar guarida, proteger.
O que é integrar? Fazer parte juntar-se se tornando integrante – tornar inteiro, incluir num todo – completar.
O pastor John Ortberg diz: “Acolhimento é abrir espaço para alguém que você não precisa abrir espaço”.
A igreja não é minha e também não é sua. A igreja é de Jesus e devemos acolher e integrar a todos quanto Jesus chamar.
“Aceitar da mesma forma que Cristo nos aceitou”.
E de que forma Cristo te aceitou ou te acolheu?
A igreja pode ser o melhor lugar ou o pior lugar para você estar. Depende de como você está se relacionando com os que creem.
Muitas pessoas já se feriram e se frustraram com a igreja. Elas esperavam “algo” da igreja e ao mesmo tempo elas não foram correspondidas com suas expectativas.
Outras se frustram ou ficaram desanimadas com a igreja e aí vão se alimentando destas frustrações.
São os baobás, do pequeno príncipe que o Flávio falou.
Em seu mundo o pequeno príncipe tinha que realizar a higiene matinal do asteroide para não permitir que os pés de baobás crescessem.
Os baobás eram como ervas daninhas que cresciam no meio do asteroide e se fosse permitido que eles crescessem seria impossível depois removê-los.
Diariamente precisamos analisar os arbustos que crescem em nosso coração, se for um arbusto de baobá é necessário retirá-lo antes que cresça e vire uma árvore que mesmo uma manada de elefantes não será capaz de retirá-lo.
É necessário arrancar um arbusto de egoísmo antes que estejamos tão cauterizados e insensíveis que percamos a habilidade de amar o próximo e servir a Deus em Espírito e em verdade.
Assim temos que rever algumas questões da nossa alma e tomar cuidado para que nossas frustrações x expectativas vão crescendo chegando ao ponto de nos machucar e ferirmos pessoas.
De que forma estes baobás crescem em nós? (desanimo espiritual).
- Vamos deixando de participar das atividades regulares da igreja
- Deixamos de contribuir financeiramente.
- Deixamos de nos envolver.
- Começamos a achar defeito em tudo e a falar mal
- A palavra ministrada não faz mais sentido algum para nós.
- E por fim nos perdemos e abandonamos a igreja.
Precisamos saber o momento exato de cortar esses baobás e fazermos uma higiene mental e espiritual em nossas vidas para sermos frutíferos em tudo.
Paulo escreve para uma igreja que tem dois grupos de pessoas: Os judeus convertidos e os gentios.
Estes dois grupos tinham conceitos completamente diferentes. Um dizia que se podia comer de tudo quanto é alimento, o outro grupo dizia que deveriam se abster de alguns alimentos.
Uns diziam que deveriam guardar dias, luas e festas e não comer carne. Outro grupo dizia que não precisava mais nada disso.
E desta forma havia partidarismo dentro da igreja trazendo contendas entre os irmãos.
Então Paulo vai falar a respeito do ponto central da pessoa que aceitou o evangelho da paz e está envolvido em uma comunidade espiritual: Cada um deve aceitar o outro da mesma forma que Cristo nos aceitou.
Ou seja, as nossas diferenças não deve nos separar, mas nos unir. Precisamos celebrar a diversidade de pessoas em nosso meio.
Quem morreu por nós foi Cristo e quem nos uniu foi o sangue de Cristo derramado na cruz em favor de todos.
Acolher e integrar pessoas não é torná-las semelhantes a nós…
Acolher e integrar pessoas é aceitar a pessoas da forma como ela é.
É sabermos que ela é uma pessoa amada por Deus, aceita por Deus e a qual o Espírito Santo está trabalhando e moldando-a para que o Nome do Senhor Jesus seja exaltado e glorificado através de sua vida.
Acolher e integrar é abrir espaço para que esta pessoas possa se relacionar comigo, sentar comigo, comer comigo e viver em comunhão.
Devemos aceitar sem olhar a quem. Aceitar sem discussão, abrir espaço para a pessoa, apesar da pessoa.
O mais forte na fé acolhe o mais fraco na fé… O mais forte integra e acolhe o mais fraco.
Existe algo que todos podemos fazer e que depende de cada um de nós: Aceitar… Acolher… Integrar… Abrir espaços… Tirar as barreiras… Derrubar muros… Deixem que outras pessoas entrem.
Deus nos fez um!
Pessoas que não conhecessem a Cristo sabem fazer estas coisas melhor do que nós.
Algumas pessoas são mais hospitaleiras do que nós… Dividem suas coisas melhor do que nós… Ajudam melhor do que nós.
Somente por causa da graça de Deus podemos quebrar as barreiras e destruir as diferenças e os preconceitos.
Quais são os alicerces de uma igreja que sonha em ser acolhedora e que sabe integrar pessoas?
- É saber que somos membros uns dos outros, somos o corpo de Cristo.
Cada um é indispensável ao outro. Só funcionamos bem se estivemos unidos.
- O amor deve ser a nossa maior marca.
A comunhão exige amor, entrega de vida, vivida juntos, compartilhada.
- Honrar uns aos outros – sem discriminação, recriminação ou eliminação.
È dar ao outro a melhor parte, o melhor lugar. É dar a cereja do bolo para a pessoa que está chegando.
Não podemos nutrir na igreja o sentimento de inveja, de amargura de ódio e de mágoas.
Se nutrirmos estas coisas em nosso coração ficaremos presos a elas e estas coisas nos matarão.
Não podemos criar espaços para um azedume espiritual, sentimental e melindres… Estamos muito cheios de mimimis.
Precisamos sempre nos lembrar: Somos todo um só rebanho, uma só família, um só corpo ligado em uma só videira que é Cristo.
Recebemos uma só fé, um só batismo e um só espírito e um só salvador.
“Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quando produz à paz e à edificação mútua”. Rm. 14: 19.
Se esforce em viver assim, seja exemplo em promover a unidade do corpo de Cristo.
Por que devemos aceitar uns aos outros da mesma forma que Cristo nos aceitou?
Para que vivendo assim, desta maneira o nome do Senhor seja glorificado.
Se vivermos assim, certamente glorificaremos o nome de Deus.