EU, EXILADO DE MIM

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Salmo 137: 1 – 6

     Este salmo foi escrito em um período de exílio. Ele é um lamento por aquele momento de aflição, quando Jerusalém foi invadida e o povo levado cativo para a Babilônia. 

     Um povo levado cativo para morar em uma terra estranha com costumes estranhos a sua cultura, agora é obrigado a viver subjulgado por seus captores. 

     Como viver ou sobreviver por um período assim? Quando a alegria de viver vai embora? 

     De que forma você continuaria ainda louvando ao Senhor? 

     O salmista faz a seguinte declaração: “Como poderíamos cantar as canções do Senhor em uma terra estrangeira?”. 

     Esta mesma pergunta podemos fazer nos dias de hoje: “Como podemos cantar ao Senhor durante um período de angustia?”. 

     Percebam bem, vivemos hoje em um período de confusão. Temos experimentado um período de mudanças na sociedade.

     Nas últimas décadas temos enfrentado uma grande crise na política. 

     Não podemos mais confiar nem na esquerda e nem na direita. E pior ainda, nem na justiça. Todos estão corrompidos. 

     Existe uma crise ética e moral não somente na classe política, mas também nas escolas, nas universidades e também na religião. 

     Parece-me que a sensação é de um verdadeiro exílio. Exilado em nossa própria pátria. 

     E a pergunta é a mesma. Como poderemos cantar as canções ao Senhor? 

     Uma grande nuvem de igrejas se proliferando. Cada uma com uma “doutrina”, para não dizer “heresia” diferente tentando apenas encontrar o maior número de adeptos para arrecadarem mais dinheiro. 

     Pessoas entram e saem da igreja, mas continuam cativas no coração por que estão procurando “um deus” que possam satisfazer-lhes o coração. E também o bolso. 

     Pastores prometem o que Deus não pode dar e fieis querendo “comprar” o que Deus quer dar de “GRAÇA”.  

     Este é apenas mais um “tipo” de exílio religioso. Pessoas presas e escravizadas pela religião. 

     Passamos também por um período de exílio cultural. 

     Aquele povo sai de uma cultura de louvor e adoração, sacrifícios a Deus e vai para a Babilônia onde as musicas e as danças e sacrifícios são completamente diferentes daquilo que presenciavam em Jerusalém. 

     Temos que aprender a conviver entre o sacro e o profano sem perder de vista “quem somos”, de onde viemos e por que estamos aqui. 

     Daniel, Hananias, Misael e Azarias que viveram o exílio se negaram a se contaminar com as comidas do Rei. 

     Não somente isto, eles também não se prostraram para prestar culto a “outro deus” que não fosse o Deus vivo e verdadeiro. 

    Nosso exílio dentro desta cultura é que nos tornamos pessoas individualistas. Lutamos apenas por aquilo que nos interessa e vai nos favorecer e com isto não existe mais espaço para sacrifícios e renuncias. 

     Existem ainda aqueles que estão exilados dentro de suas próprias casas.

     Já faz muito tempo que as famílias estão sendo destruídas.

     Durante o exílio da Babilônia família ficaram dispersas, pais, mães, filhos morreram durante a invasão ou a caminho do cativeiro. 

     Hoje a família é destruída e dilacerada por que ninguém quer ceder. O amor paciente, generoso que tudo sofre tudo suporta e tudo perdoa vem dando lugar a uma nova paixão. 

     Cada um está em busca do seu próprio prazer do que no prazer e alegria do outro. 

     Outra coisa importante: Novos modelos de relacionamentos estão sendo inseridos dentro da família que pouco ou nada lembram o que significa um lar. 

     E a pergunta ainda ecoa em nós: Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira? 

     Muitos ainda sofrem com doenças, enfermidades que geram transtornos. Vivemos ainda o período mais tenebroso da nossa época que é a depressão. 

     Muitos estão lutando contra a noite escura da alma. E esta enfermidade está atingindo enorme quantidade de cristãos. 

     Elias passou por isto, Davi encharcou o travesseiro de lágrimas e Jeremias foi apelidado de profeta chorão justamente durante este período de exílio. 

     Outros ainda lutam com a crise da fé. Muitos lutam com os sentimentos de que foram abandonados por Deus. 

     E fica a pergunta: Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira? 

     Creio que aqui alguns já estão querendo pendurar as suas harpas nos salgueiros. 

     Creio que outro exilado nos ajuda a responder a esta pergunta.

     O Apostolo João, que ficou exilado na Ilha de Patmos. 

     Vamos ler Ap. 21: 1 – 7 

     Em sua visão no exílio João vê duas cidades: Babilônia e a Nova Jerusalém. 

     Babilônia representa a cidade da qual vivemos. São Paulo ou qualquer outra grande metrópole na qual construímos nossas vidas, cultura, religiosidade e família. 

     Babilônia no apocalipse também é representada pela grande prostituta.

     A prostituta promete prazer e felicidade em troca de dinheiro. 

     Ela é atraente e sedutora, mas quem for para a cama com ela tem que pagar pelo prazer. 

     Percebam então que não estamos falando aqui apenas do ofício da prostituição, mas sim, de tudo aquilo que nos seduz para vivermos o exílio da grande babilônia. 

     Sim, a Babilônia nos promete algo que ela não pode dar.

     Por outro lado João vê descer do céu à nova Jerusalém. 

     Esta nova cidade está representada por uma comunidade de adoradores de homens e mulheres que rejeitaram a oferta da prostituta. 

     Pessoas estas que reconheceram que a verdadeira fonte de vida, alegria e prazer está em Deus. 

     João é consolado pela visão de novos céus e nova terra. Seus olhos estão fixados nas coisas novas que Deus está fazendo.  

     Percebam que João está vendo uma cidade Santa invadindo a cidade promiscua. 

     Isto significa que podemos transformar a cidade que habitamos pela santificação. 

     Santificar o lugar onde Deus nos colocou para habitar. Sermos sal da terra e luz para o mundo. 

     Sermos transformados pela renovação da nossa mente, assim como Daniel e seus amigos fizeram durante o período de exílio na Babilônia. 

     Jeremias no capítulo 29 escreve uma carta para aqueles que estão exilados. 

     Ele diz que enquanto viverem aquele período eles deveriam continuar a construir casas e família. 

     Plantarem e colherem e buscar a prosperidade. Ou seja, enquanto viverem o período de exílio, não desista de viver. 

     Diz ele ainda: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de dar-lhes esperança e um futuro”. (11). 

     “Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração”.  (12, 13). 

     Amados, de certa forma somos exilados. Vivemos em uma terra estranha que rejeita Deus, sua palavra e seus caminhos. 

     Buscar a Deus, orar e cantar nunca foi e nunca será fácil em tempos de exílio. 

     Mas nossa esperança e confiança estão nos novos céus e nova terra. 

    “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá”. 

     A presença de Deus é a garantia de que estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança. 

     Deus deseja realizar coisas novas todos os dias. Hoje é dia de um novo recomeço. 

     Hoje é dia de celebrar a nossa libertação. 

     Hoje é dia de sair do exílio para uma nova vida. 

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Sobre Comunidade Moriah

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