LIDANDO COM A REJEIÇÃO

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Gênesis 29: 31 – 35

Todos nascem com uma única expectativa: “Ser amado” – “Ser aceito” – “Ser integrado” – “Fazer parte”.

Carregamos em nosso DNA o desejo de ser amado, de receber afeto, carinho, aconchego.

Vivemos em uma cultura moderna cuja conexão hoje ela é cada vez mais virtual e mesmo assim ainda necessitamos de mais “seguidores”, pois quanto mais pessoas nos seguirem, mais somos aceitos.

Sabemos, porém, que na realidade não é bem assim.

Cada um de nós trás na mente e no coração marcas, cicatrizes e histórias das quais às vezes nem gostamos de lembrar ou ainda quando lembramos, acaba mexendo com nossos sentimentos.

Creio que um dos piores sentimentos que uma pessoa pode ter é se sentir rejeitado, desprezado, odiado ou ainda não amado.

Muito da nossa identidade, reflete exatamente de que forma lidamos com estes sentimentos.

Alguns foram gravemente feridos e traz um ar de revolta, outros carregam o desejo se serem melhores em tudo, outros se entregam as drogas. Outros nunca crescem.

Alguns ainda sentem um vazio e estão lutando em busca da felicidade ou algo que os satisfaça, tentando encontrar sentido a vida.

Outros sentem a necessidade de mostrar que vão chegar “ao topo”, dando uma resposta hemorrágica da sua falta de amor.

O texto que lemos fala de Lia, Uma mulher desprezada por seu pai e por seu marido, mas a qual O Senhor a amou, amparou e a sustentou.

Vamos a sua história e perceber com Lia lidou com este tipo de rejeição.

Jacó chega à casa do seu tio Labão e se compromete trabalhar sete anos para ter Raquel como esposa.

Chegado os dias da celebração do casamento, Labão, pai de Raquel e Lia, engana Jacó e faz com que Lia de deite com Jacó e desta forma Lia torna-se mulher de Jacó em vez de Raquel.

No outro dia, quando Jacó percebe que havia se deitado com Lia, se compromete a trabalhar mais sete anos para ter o amor de Raquel.

Labão diz a Jacó que na cultura de sua cidade a filha mais velha devia casar-se primeiro, porém ninguém gostaria de pagar “dote” para ter o amor de Lia.

Quem era Lia e Raquel?

“Ora, Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o da mais nova Raquel. Lia tinha olhos meigos, mas Raquel era bonita e atraente”. Gn. 29: 16.

Lia era pouco atraente e precisou passar a vida inteira à sombra da irmã, uma mulher deslumbrante.

Lia possuía “olhos meigos”. Na verdade Lia possuía uma deficiência nos olhos, possivelmente era estrábica, ou de má aparência. Semblante caído.

Lia era a filha da qual o pai não queria, não amava e agora se torna a esposa a quem o marido não desejava.

Lia era a moça que ninguém queria. Um grande vazio existencial se instaurou em seu coração. Carência afetiva.

Rejeitada, talvez este fosse o seu melhor nome.

Guardada as devidas proporções, creio que este pode ser o sentimento de muitas pessoas hoje.

Porém o texto de uma forma surpreendente nos revela algo maravilhoso da parte de Deus.

“Quando o Senhor viu que Lia era desprezada, concedeu-lhes filhos”. (31).

Nada escapa aos olhos de Deus! E creio que Deus tem uma predileção para com aqueles que passam por vulnerabilidades.

Deus deu filhos a Lia, porém a Raquel continuava estéril.

Os nomes dos filhos de Lia revelam sua luta por ser aceita, amada, acolhida.

Percebam também sua luta por uma identidade própria e sua busca por felicidade. Uma procura incessante para suprir sua carência afetiva.

Primeiro filho: Rúben. Significa O Senhor “viu” minha aflição.

Sua provável intenção a colocar o verbo ver, seja talvez o meu marido agora me veja, me enxergue. Agora meu marido me amará, pois lhe dei um filho.

Segundo filho: Simeão. O Senhor “ouviu” que sou desprezada.

Quem sabe o desejo de Lia fosse que o seu marido agora passasse a ouvi-la, escutar as batidas e os anseios do seu coração… Mas nada.

Terceiro filho: Levi. Significa, meu marido se apegará a mim.

Agora dei três filhos a meu marido e quem sabe assim ele se apegará a mim, terá afeição, algum sentimento, um elogio, um carinho.

Quanto mais Lia tentava encontrar-se pior se tornava sua angustia. Dia após dia, ela recebia uma facada no coração.

Este é um triste retrato em quem tem colocado suas esperanças em homens e não em Deus.

Nesta história triste, percebemos agora como Lia passa por um processo espiritual em sua vida.

Sua verdadeira identidade é restaurada quando ela depositou a sua confiança em Deus.

Por fim, Lia teve o quarto filho: Judá. Significa “desta vez louvarei ao Senhor”.

Existe algo misterioso neste nome, este nome dado ao filho era para ela reafirmar sua existência, sua identidade e restaurar o coração.

Ela havia agora removido o passado, deixado de lado as cicatrizes profundas no coração promovido por seu pai e por seu marido e por seus filhos.

Labão e Jacó tinham lhe roubado a vida, mas quando Lia entrega o coração para Deus, ele teve a sua vida de volta.

“Desta vez louvarei ao Senhor”.

Deus gosta de tomar partido dos desfavorecidos. Lia sabia que não era amada ou desejada, mas Deus a amou.

Quando percebemos este ousado amor de Deus, tudo se transforma em nossas vidas.

Agora havia algo especial naquela criança e Lia mal sabia disto.

Somos informados em Genesis 49 que Jacó deu a sua benção para Judá: “Judá, seus irmãos o louvarão. Judá é um leão novo. O cetro não se apartará da sua mão. As nações lhe obedecerão”.

A salvação, o messias viria da tribo de Judá. O Rei verdadeiro viria da tribo de Judá. Jesus é o Leão da tribo de Judá.

A mulher mal amada, que ninguém queria e que foi desprezada, rejeitada, dá descendência na árvore genealógica de Jesus.

Sabe por quê? Porque ela depositou toda a sua esperança e confiança agora em Deus. “Desta vez louvarei o Senhor”.

Deus seria seu verdadeiro pai e seu verdadeiro marido. Deus agora era aquele que lhe bastava. Sua felicidade estava escondida em Deus. Sua verdadeira alegria era ser amada por Deus.

Lia deixou de transformar pessoas em salvadoras da sua identidade para se tornar filha do Deus vivo e verdadeiro.

Jesus é o filho de Lia. Torna-se o homem que ninguém queria, Rejeitado por seu povo, desprezado pelas nações.

Isaias 53 no revela como era Jesus: “Não tinha qualquer beleza, não havia nada em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado, rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento”.

“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidade… o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele e por suas feridas fomos curados”.

 Nós também desprezamos Jesus. Não queremos Jesus, mas Ele é o único que pode mudar nossa história.

A boa notícia é que somos aceitos por Deus. Somos amados por Deus.

Jesus é aquele que nos acolhe em seus braços.

Não precisamos mais correr de um lado para outro procurando satisfação, pois em Cristo Jesus podemos encontrar plena satisfação.

Faça como Lia. Deposite suas esperanças em Jesus. Ela disse: “Desta vez louvarei ao Senhor”.

Eis o poder para lidarmos com a rejeição. Jesus, sua vida está escondida em Jesus?

Nossas limitações tanto físicas quanto espiritual ou material não limitam o poder e o amor de Jesus por nós.

Jesus faz novas todas às coisas.

Ele deve ser a nossa fonte da verdadeira alegria.

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Sobre Comunidade Moriah

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