João 1: 43 – 51
Jesus está iniciando seu ministério e chama alguns homens para serem seus discípulos. Ele já havia chamado André e Pedro e neste texto chama Filipe e Natanael.
Podemos perceber que estes eram homens que estavam à procura de algo significativo para suas vidas, pois diziam assim: “Achamos o Messias”.
Ninguém acha aquilo que não está procurando, então percebam pelo texto que eles estão a procura de algo que dê sentido as suas vidas.
Neste texto a questão é mais enfática ainda, pois diz: “Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram”.
Eles estavam à procura do Messias, isto é Cristo Jesus, sobre o qual sabiam que Jesus salvaria o seu povo.
Em nosso tempo ainda não é muito diferente. Estamos ainda em busca de algo que dê significado para nossas vidas e encontramos este significado apenas em Jesus.
O texto revela vários “tipos” de discípulos, algum Jesus chama e eles largam tudo e logo O seguem, Porém com Natanael é um pouco diferente.
Natanael parece ser intelectual demais para acreditar em qualquer coisa. Natanael parece orgulhoso demais para crer e o texto ainda revela que Natanael ainda era muito preconceituoso.
Percebam que quando Filipe chama Natanael ele logo diz: “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?”.
Nazaré era uma cidade da Galileia considerada atrasada, primitiva, semidesenvolvia. Seria o lado ruim da cidade.
Infelizmente este é o “tipo” de preconceito que muitos de nós ainda possuímos, pois queremos seguir, curtir e estar ao lado de pessoas consideradas capazes, inteligentes e pensa como eu penso. Que estudou em uma “boa faculdade”.
Natanael não poderia acreditar que alguém que veio de um lugar como Nazaré tivesse respostas aos grandes dilemas da vida.
Percebam que muitas pessoas ainda viram os olhos com a idéia seguirmos Jesus ou dizer que somos cristãos.
O cristianismo hoje mais do que nunca tem sido ridicularizado. Cristãos hoje são chamados de homofóbicos, ignorantes, povo atrasado e agora são terríveis.
Muitas pessoas já freqüentaram igrejas, foram criadas dentro do cristianismo e quando saem dizem que deixaram a opressão. Mas tenho algo importante para lhe dizer: Jesus continua sendo de Nazaré!
Portanto, este tipo de rejeição pode ser mortal para sua vida, pois creio que o orgulho e o preconceito assolam o seu coração e sua alma.
Toda a filosofia dos direitos humanos é encontrada na bíblia. “amar seus inimigos e não matá-los, cuidar os órfãos e dos direitos das viúvas e dos pobres” são conceitos bíblicos e não político/filosófico.
Toda a lei foi dada para preservação de um povo e com a questão da identidade deste povo, pois Deus ama o homem criado a sua imagem e semelhança.
O cristianismo será inserido no pilar da intelectualidade, pois foram os cristãos que mais investiram escolas e diversas das melhores faculdades.
Ensinar desenvolver o intelecto é uma questão básica do princípio cristão.
O que diferencia o cristianismo das demais religiões?
As demais religiões dizem que se quiser encontrar Deus, ou ter um nível mais elevado de espiritualidade você precisa fazer alguma coisa.
Todas as outras religiões e filosofias dizem que “você tem de fazer algumas coisas para se conectar com Deus”.
Todas as outras religiões e filosofias dizem que elas têm as respostas para os grandes dilemas da vida.
O cristianismo diz: “Jesus veio fazer em seu lugar o que você não podia fazer por si próprio”.
No cristianismo é Deus fazendo algo em favor do povo.
No cristianismo Jesus continua sendo a resposta para todos os dilemas da vida.
Entendem a diferença?
Cremos que é Deus vindo a terra em forma de homem, morrendo na cruz para encontrar você.
A iniciativa é sempre de Deus, pois Deus te ama.
Essa é uma verdade muito radical e muitos simples de se crer? Será que é por causa disso que continuamos sendo orgulhosos e preconceituosos demais para aceitar esta idéia?
Até quando continuaremos dizendo como Natanael: “Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?”.
Notem, agindo assim, não estamos rejeitando o cristianismo, estamos rejeitando Jesus.
Apesar de tudo Natanael acompanhou Filipe ao encontro de Jesus. “Pensamento típico de Tomé: Preciso ver para crer”.
Natanael precisava ouvir o que Jesus tem a dizer… E ouviu. “Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade”.
Natanael se enxergava como uma pessoa honesta, franca, sincera e fica surpreendido com a percepção que Jesus tem dele.
Então ele diz: “De onde me conheces?” Como sabe tão bem a meu respeito?
Jesus lhe diz: “Eu o vi quando você ainda estava debaixo da figueira, antes de Filipe o chamar”.
O que será que Natanael estava fazendo debaixo da figueira?
Ninguém sabe. Mas ele reconheceu que Jesus sabia a respeito das particularidades de sua vida.
Creio que era algo muito pessoal para ser exposto publicamente.
Então Natanael faz a maior de todas as declarações de sua vida: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”
Percebem que primeiramente Natanael se mostra cético, orgulhoso e preconceituoso, agora após duas conversas com Jesus está disposto a seguir Jesus.
Jesus não se opõe ao que as pessoas pensam ou se eles precisam ter motivos para crer. Algumas pessoas são questionadoras e outras não.
Precisamos buscar ter equilíbrio nos pensamentos e encarar com realidade as questões da essência da vida.
Repare na última coisa que Jesus disse? “Você crê porque eu disse que o vi debaixo da figueira. Você verá coisas maiores do que essa!”
Quando você se encontrar verdadeiramente com Jesus você perceberá que Ele será muito mais do que você jamais imaginou.
Talvez você não tenha todas as respostas, mas com certeza perceberá o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.
Os anjos são um sinal da presença majestosa de Deus. Jacó teve esta visão de uma escada da qual os anjos vinham, subiam e desciam.
Jesus é esta escada da qual se faz a ligação entre o céu e a terra, entre o mundo real e o espiritual.
Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. João 14: 6.
Precisamos abandonar nosso orgulho e preconceito e fazer como Natanael, seguir a Jesus.