Hebreus 1: 1 – 4
Por mais que tente, o homem nunca vai conseguir ter claro conhecimento de si mesmo. Somos injustos, insensatos e impuros. Nossa identidade foi corrompida.
Jesus é o único que possui uma humanidade perfeita, portanto precisamos prestar mais atenção no que é revelado na bíblia a respeito da natureza de Jesus.
Jesus tem a perfeita comunhão com Deus, o pai. Ele é humanamente homem e divinamente Deus. Jesus é a encarnação de Deus na terra.
Por isto o texto nos afirma: “Jesus é o resplendor da glória de Deus, a expressão exata do seu ser”. (3).
Jesus é a manifestação plena e final de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Quem vê Jesus, vê Deus, ambos têm a mesma essência. E ninguém pode ver Deus sem ver Jesus. Não existe outro caminho para se achegar a Deus sem antes ver Jesus.
Isaias certa vez teve uma visão do trono de Deus e percebeu que os serafins cobriam o rosto diante da majestade de Deus. Jesus, porém sendo Deus, fez-se carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade e vimos a sua glória, como a do Pai. ((Jo. 1: 14).
Jesus também é o herdeiro de todas as coisas – Em Jesus todas as promessas de Deus para o ser humano foram realizadas e quem está em Cristo é nova criatura, ou seja, somos coerdeiros juntamente com Cristo.
Jesus é o homem perfeito e o perfeito adorador, que mesmo tornando-se semelhante aos homens, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz. Fl. 2: 8.
Em nossa nova identidade se desejamos ser um verdadeiro adorador devemos tomar a mesma atitude de Cristo.
Vejamos, o primeiro homem “Adão” fracassou ao querer assumir o lugar de Deus, pois o principal pecado do homem é querer ser como Deus.
O “primeiro Adão” fracassou porque preferiu ser ele mesmo o criador de sua existência e destino. Escolheu o seu caminho e tornou-se reflexo de si mesmo. Isto está inserido em nossa DNA de pecadores e homens naturais.
Mas Jesus, mesmo sendo Deus, não considerou o ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo… “Por isso Deus o exaltou a mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo o nome”. (fl. 2: 6 – 11).
Vejamos bem, fomos criados por Deus e para Deus e a nossa principal condição de vida é glorificar a Deus, é adoração a Deus.
Somos adoradores imperfeitos, mas devemos ser imitadores de Cristo e ter a mesma atitude de Cristo.
O primeiro homem fracassou em viver para Deus, mas Jesus é o homem perfeito. E o convite para seguir a Jesus é para nos dar uma nova vida e uma nova identidade… Um novo começo.
Quando olhamos para Jesus percebemos o quão distante o homem está vivendo dos seus ensinamentos e quão vazios de Deus estamos.
Vivemos a identidade da razão. Somos seres racionais e, portanto queremos ter controle de tudo o que somos. Afinal “sou aquilo que penso”.
Percebemos pelas “selfies” tiradas o quão individualistas nos tornamos e a psicologia moderna tem fortalecido este individualismo dizendo que cada um tem que ser feliz a sua maneira através do autoconhecimento.
Por isto a importância de resgatarmos nossa identidade que fora corrompida e aceitarmos o convite que Paulo nos deixou: “Sejam meus imitadores, como eu o sou de Cristo”.
Paulo encontra a sua identidade em Cristo, ele reafirma isto dizendo: “Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Seu desejo maior era ser encontrado em Cristo e conhecer o poder da sua ressurreição.
Podemos perceber que nosso chamado em Cristo não é apenas para admirá-los, estudá-lo ou se sentir empolgado com ele.
Crer em Cristo é crer em tudo o que Ele viveu e falou. É uma vida de obediência e submissão ao seu chamado.
É deixarmos para trás tudo o que um dia vivemos e andarmos em novidade de vida. Seguir seus valores, seus preceitos e ser como Ele é.
De que forma podemos nos unir em Cristo?
O casamento é um exemplo bem próximo de estar unido a Cristo. (É ser uma só carne). Que envolve o mistério do relacionamento entre um homem e uma mulher.
Ser uma só carne não envolve a perda da identidade pessoal. Eu continuo sendo quem sou, mas quando caso e firmo uma aliança de amor e passo a me doar voluntariamente aquela relação.
Com o passar do tempo já não sou mais capaz de pensar, planejar e viver minha vida sem levar em conta a pessoa com a qual eu resolvi amar pelo resto da minha vida. (pelo menos deveria ser assim o casamento).
Veja bem, quem casa não perde a identidade pessoal, mas agora vive para outra pessoa e quanto mais me dôo mais livre e verdadeiro me torno. Mais eu amo e mais intensa se torna aquela relação.
Paulo compara o casamento como um mistério e o mesmo ele fala da nossa união com Cristo… É um grande mistério, mas Cristo vive em nós em uma só carne, em um só espírito.
Se o “primeiro Adão” fracassou por sua opção de sua desobediência, Jesus o “segundo Adão” realiza a verdadeira identidade pretendida por Deus desde a criação.
O primeiro Adão foi expulso do paraíso e viveu como se estivesse morto, mas o segundo adão em virtude da sua obediência ressuscita para nos abrir um novo e vivo caminho de vida e libertação.
“Ele nos deu vida quando ainda estávamos mortos em nossas transgressões”. (desobediência). Ef. 2: 4.
Antes nós estávamos mortos, abraçamos o mundo com seus conceitos e valores e a vida de não estava em nossos planos.
Mas pela ressurreição de Cristo um novo e vivo caminho se abriu e desta forma podemos deixar este caminho de morte e vivermos para Deus.
Um novo caminho e vivo caminho, uma nova vida e uma nova identidade. Nova criatura, novo homem ressuscitado juntamente em Cristo Jesus.
Você já recebeu esta nova vida? Se já recebeu, como tem sido esta nova vida em Cristo?
Nesta nova vida, ou andamos em direção a Cristo, ou andaremos na direção oposta a ele. Não temos escolha. Ou imitamos a Cristo ou imitaremos outra coisa.
Ou adoramos a Cristo ou nos tornamos adoradores de outros deuses deste mundo.
Quem você adora? Quem você imita?
Paulo adquiriu sua nova identidade a partir do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco. Ele perseguia a igreja e acabou tendo um encontro com o Senhor da igreja.
Esse encontro transformou a vida de Paulo e lhe deu uma nova vida e uma nova visão do Reino de Deus. Paulo se tornou o maior pregador do evangelho.
Vejamos, Paulo era um homem respeitado, um religioso zeloso e que conhecia profundamente toda a lei. Era um homem acima da média dos jovens do seu tempo.
Ele possuía fé e era comprometido com suas convicções religiosas… Mas um dia tudo mudou.
Jesus se revelou a ele naquela estrada. Ali, literalmente caiu por terra todo o seu orgulho e tudo aquilo que ele era para ser tudo aquilo que Deus planejou.
A partir daquele encontro Paulo compreendeu que a fé cristã não é um conjunto de doutrinas, normas e preceitos religiosos… Mas um encontro transformador com àquele que pode nos dar nova vida.
Quando Paulo levanta-se chão, sabia que a partir daquele momento ele nunca mais seria a mesma pessoa, mas sim seria um instrumento escolhido para pregar as boas novas de salvação.
Notem algo importante: Paulo, como eu ou você, era um pecador que precisava todos os dias tomar sua cruz e viver uma vida de renuncia, mas era obediente a Jesus.
Paulo tinha uma certeza: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Gl. 2: 20.
Sua vida já foi crucificada com Cristo? Você já recebeu uma nova vida e uma nova identidade?
Veja bem, a pergunta não é se você freqüenta a igreja, já nasceu num berço cristão ou conhece a bíblia ou se você canta e fala a respeito de Jesus.
A pergunta é: Você já teve um encontro pessoal com Jesus? Isso é o que muda tudo e nos garante uma nova identidade.