- Introdução
Há algumas semanas atrás, em um evento de jovens, tivemos a oportunidade de ouvir uma palestra de um filósofo contemporâneo chamado Luiz Felipe Pondé. Durante sua palestra Pondé abordou a ideia sobre o que seria esperança e nos lançou o seguinte questionamento: Seria este mundo guiado por uma vontade divina, uma força maior que rege e controla as situações ou vivemos um caos onde somos guiados apenas pelo acaso? Ele mesmo nos respondeu dizendo que acreditava em um conceito trágico de esperança, onde o mundo é regido pelo acaso e a esperança era algo criado pelo homem como um mecanismo que o fizesse sobreviver mediante ao caos.
É claro que nós como cristãos acreditamos que a esperança nos é revelada por meio de Cristo, que faz nova todas as coisas, que nos traz nova vida, refrigério e paz aos nossos dias. Contudo, tendo em vista o atual cenário deste mundo, eu posso compreender e respeitar a opinião deste filósofo, uma vez que os filósofos e pensadores refletem apenas sob uma realidade visível aos olhos. E nós olhamos ao nosso redor e vemos: Corrupção de todos os tipos, extremismos de todos os tipos, violência, famílias destruídas pelo adultério, jovens assombrados pela depressão, drogas, vícios, e uma filosofia babilônica de busca pela felicidade que vem crescendo e se tornando cada vez mais natural aos nossos olhos (Movimento LGBT).
E o meu coração fica ainda mais triste quando eu vejo que todas estas coisas são tão naturais em nosso dia-dia que se tronaram cada vez mais presentes dentro da igreja e do povo de Deus. E já foi o tempo em que os adúlteros, homossexuais, os viciados, mentirosos e agressores e toda filosofia babilônica estavam do lado de fora da igreja de Cristo.
Muitas são as respostas para este esfriamento da igreja de cristo, mas se eu pudesse resumir eu diria que ao longo do tempo que nós cristãos desenvolvemos um terrível hábito que vem gerando em nós uma fé idólatra, infrutífera e insossa: O Hábito de ir à igreja todos os domingos. Pode soar estranho, mas este hábito se tornou responsável por toda filosofia babilônica infiltrada na igreja de Cristo.
O que me parece é que o ato de pertencer a uma igreja, se tornou um evento social, um jogo que aprendemos a jogar ao longo da nossa vida cristã. E então nós pegamos a nossa bíblia e vamos a igreja todos os domingos, participamos de ministérios, tocamos, pregamos, louvamos e de alguma forma acreditamos que estamos justificados. E então o domingo termina, nada mudou e segunda-feira voltamos a viver a nossa mesma vida da maneira que queremos (exemplo “tá pago”).
Deus quer de nós uma fé genuína, frutífera. Domingo pode ser apenas mais um dia normal, mas também pode ser o dia de transformação, de renovo, de mudança de atitude, mudança de mente e de vida. Por isso quando você vier para a igreja, não deixe que isto se torne algo automático em você ou até mesmo um hábito. Venha com o coração aberto para transformação vinda de Deus.
NVI
“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”.
Versão “A Mensagem”
“Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
O que conta para Deus é quem você é e como você vive. Seu culto deve envolver o seu espírito na busca da verdade. Este é o tipo de gente que o Pai está procurando: aquele que é simples e honesto na presença dele, em seu culto. Deus é espírito e quem o adora deve fazê-lo de maneira genuína, algo que venha do espírito, do mais íntimo do ser”.
- Uma geração que se esqueceu de Deus;
“ O povo prestou culto ao Senhor durante toda a vida de Josué e dos líderes que continuaram vivos depois de Josué, e que tinham visto todos os grandes feitos que o Senhor realizara em favor de Israel.
Josué, filho de Num, servo do Senhor, morreu com a idade de cento e dez anos.
Foi sepultado na terra de sua herança, em Timnate-Heres, nos montes de Efraim, ao norte do monte Gaás.
Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel.
Então os israelitas fizeram o que o Senhor reprova e prestaram culto aos baalins.
Abandonaram o Senhor, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do Senhor.
Abandonaram o Senhor e prestaram culto a Baal e aos postes sagrados.”
Após a morte de Josué o povo de Deus passou a adorar outros deuses e então Deus levantou Juízes (Debora, Gideão) em meio ao povo para que o povo voltasse a adorar o Deus verdadeiro , e então enquanto estes juízes viviam , o povo obedecia e seguia o Deus verdadeiro , quando este juiz morria , o povo voltava a se prostituir com outros deuses , esquecendo o quanto Deus já havia feito por aquele povo.
Com o passar do tempo as gerações se afastam de Deus. Hoje mesmo se olharmos para a geração de nossos antepassados veremos o quão distante estamos de uma fé genuína e verdadeira com cristo (Exemplo vó Vicenta , Almezina).
E de quem é a culpa? dos pais que não foram exemplos para seus filhos, ou dos filhos que não seguiram o exemplo dos pais? Ambas as respostas estão corretas: É TEMPO DE NOS CONVERTERMOS O NOSSO CORAÇÃO para um relacionamento verdadeiro com Jesus.
Aos pais: Os filhos observam cada atitude de vocês. Sejam exemplos no dia-dia para com os seus filhos. No futuro os seus filhos tomarão as decisões que eles quiserem, mas que o exemplo dado em casa não seja desculpa para qualquer esfriamento do seu filho no futuro.
- O sermão das três Cadeiras:
1ª Cadeira: Comprometimento:
– Abraão, Davi (Homens de Deus, Heróis da Fé)
– Primeiro Deus, depois eu (Abraão entregou até seu filho em sacrifício).
– Relacionamento íntimo com Deus.
– Uma geração que ora e tem intimidade com as escrituras
– Uma característica marcante: Arrependimento, coração quebrantado na presença de Deus.
– Geração Quente
- – 2ª Cadeira: Café com leite / meia boca
– Isaque (Pouco se ouviu falar na bíblia)
– Primeiro eu, depois Deus.
– Meus pais conhecem a Deus.
– Quando a situação aperta, pedem socorro aos pais.
– Uma geração imatura, de pouco frutos, pouco influenciadora e muito influenciada.
– Não ora, não lê a bíblia.
– Uma geração extremamente RELIGIOSA: gostam de seguir tradições aprenderam como ninguém a jogar um jogo de fachadas e aparências.
– Uma característica marcante: movida por hábitos.
– Geração fria.
- – 3ª Cadeira: Crise / Caos / Geração mimimi
– Jacó (Enganador, trapaceiro, ladrão, mentiroso, roubou a benção do irmão)
– Primeiro eu, depois eu, eu, eu, eu, eu….
– Meus avós conheceram a Deus, meus pais dizem que conhecem (Deus não possui netos, ele possui filhos).
– Cresceu seguindo as tradições dos pais e observando muitas vezes a hipocrisia de suas atitudes.
– Uma geração mimada e idólatra. Seu maior Deus: a satisfação do seu próprio “EU”. Fazer o que EU quero, quando EU quero, e se algo der errada eu culpo a todos, menos a mim mesmo (costumo culpar os pais).
– Crise de identidade e de fé
– Uma Característica: Coração duro, resistência a mudanças, nunca tiveram um encontro real com Deus;
– Geração Morna
- A Cadeira do comprometimento é um lugar de pessoas imperfeitas.
Não pense que as poucas pessoas que sentam nesta cadeira são pessoas perfeitas e sem pecados.
Todas as pessoas que já sentaram nesta cadeira erraram feio, mas a maior virtude dessas pessoas era o arrependimento genuíno e verdadeiro.
Davi foi assassino, adúltero, mentiroso. Entre tantos defeitos foi chamado de “Homem segundo o coração de Deus”. A cada erro Davi se arrependia verdadeiramente, sem máscaras, prostrado na presença de Deus, vestido com roupa de saco ele implorava por perdão e assumia seus erros, diante de Deus.
Dificilmente nós conseguiremos praticar tudo aquilo que pregamos, mas nós temos que sofrer por isso. Nosso coração deve ansiar por adorar o pai em VERDADE.
- Uma boa notícia: Deus nos dá a oportunidade diária de mudar de cadeira.
Basta um encontro verdadeiro para que Deus transforme sua vida por completo.
O Engano, a mentira e a trapaça estavam no nome de Jacó. Mas Deus o encontrou a sós em Jaboque, transformou seu coração, e lhe deu uma nova identidade: ISRAEL.
Bastou um encontro de Jesus para mudar a vida daquela mulher pecadora. Um encontro verdadeiro, sem máscaras, sem aparências, sem religiosidade. Aquela mulher se apresentou diante de Deus sem importar com as consequências, com as aparências, ela simplesmente entregou o seu coração e suas lágrimas aos pés de Cristo, alcançando a graça e o perdão de Jesus.
Enquanto o Fariseu ficou sem entender, pois, chamou Jesus para sua casa, talvez para provar uma boa comida, fazer um social com Jesus, mas não para ser transformado por Jesus.
O Fariseu abriu a sua casa, mas não abriu o seu coração para Cristo entrar.
Nós caímos no erro de pensar que nos convertemos uma vez na vida já nos basta. Dia a pós dia temos que converter o nosso coração e ansiar por transformação em Cristo.
Nosso coração é como uma casa com muitos quartos, quartos escondidos, quartos sujos e bagunçados. Chamamos Cristo para entrar, recebemos ele em nossa sala limpa e bonita, mas quando teremos coragem de apresentar estes quartos onde guardamos nossos pecados e máscaras?
Jesus está a porta, esperando para entrar em nosso coração, nos transformar e nos oferecer nova vida, POIS TUDO O QUE ELE NOS OFERECE, ELE É: LUZ DO MUNDO, ÁGUA VIVA, ESPERANÇA, RESTAURAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E PAZ.