Daniel 1: 1 – 21
Vivemos em um mundo onde os valores morais e éticos estão sendo suprimidos ou questionados por esta cultura emergente.
Muitos valores morais estão em verdadeira extinção ou adoecidos.
A situação parece que a cada dia vai se afunilando e traz o sentimento que estamos sendo levados como gado ao matadouro.
Nossos princípios e valores estão se tornando cada dia mais subjetivos e relativos. Ou seja, não são concretos, absolutos, depende de cada situação.
Onde estamos enfrentando crises de valores?
Nas seguintes instituições: Família, religião e estado.
Na família: A família está sendo cada dia mais fragmentado. Mesmo dentro de uma casa cada dia vemos mais individualismo. (Cada quarto tem uma televisão ou cada um com seu smartphone).
Não se vive mais em comunhão. É cada um assistindo seu programa favorito. Nem na mesa sentam mais todos juntos.
Na religião: Estamos perdendo a capacidade de ensinar a educação moral e valores de Deus centrados na palavra de Deus.
O ensino de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo acabou se tornando em uma tentativa de amar sem questionar e ou confrontar, não importando o que Deus revela e fala em sua palavra.
As religiões estão deterioradas por muito falsos ensino e falsos profetas que falam apenas aquilo que o povo quer ouvir e não o que precisam ouvir.
No estado: Este então não precisa nem dizer… Crise no judiciário e no executivo e legislativo. Nossos poderes estão falidos, não dá mais para acreditar em nenhum político e em nenhuma autoridade.
Mas a pior de todas as crises que enfrentamos é a crise de identidade.
Quem eu sou? O que posso fazer? Qual é o meu papel neste mundo?
Qual o real significado da minha vida? Onde quero chegar com as atitudes que estou tomando?
Quais são os meus sonhos… E qual é a minha realidade?
Estamos vivendo um tempo em que cada um faz o que quer e vive da maneira que lhe achar melhor. Perdemos a capacidade de enxergar lei, a graça e a verdade.
Como construir e reconstruir e manter valores que são eternos?
Como abrir mão de toda esta sociedade sem ter medo de ser diferente?
Como resgatar de volta a vida e viver a verdadeira liberdade que Deus nos dá? Será que vai valer a pena ser diferente?
Vamos refletir algumas questões no texto que lemos.
O rei Nabucodonosor invade Israel e leva como prisioneiros para a Babilônia muitos jovens, dentre eles estava Daniel.
Estes jovens perderam tudo. Suas casas, seus parentes, seus pais e sua liberdade.
Na Babilônia reinava a idolatria, muitas divindades pagãs. Também era a capital mundial da astrologia e da feitiçaria… Daniel é levado para uma cidade onde não havia a palavra de Deus.
No meio de uma cultura sem Deus e sem absolutos morais, Daniel mantém-se íntegro, fiel e puro diante de Deus e dos homens.
Como se manter íntegro em meia a uma cultura sem Deus? Sim isto é possível!
Daniel passou do maior vestibular, da melhor faculdade e para ter o melhor emprego. Daniel e seus amigos foram escolhidos pelos seguintes critérios:
“Jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei”. (4).
Uma chance de ouro para quem perdeu tudo… Estudar durante três anos e depois servir ao rei.
Daniel quase jogou tudo fora quando decidiu em seu coração não se tornar impuro com a comida e o vinho oferecido pelo rei.
Aquela comida era sacrificada aos ídolos, desta forma se dava a iniciação a um culto pagão… Daniel pede para não se contaminar com as coisas do mundo.
Talvez você dissesse: Isto é ser muito radical, muito puritano, intransigente… Preconceituoso.
Mas é nos pequenos atos que demonstramos quem somos… Do que não abrimos mãos e quais são os nossos princípios morais.
Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus… Aquele que ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Outra questão é que seus nomes foram trocados:
No caso se Daniel que significa Deus é o meu juiz, o nome foi trocado para Beltessazar que significa bel (um deus pagão) proteja o rei.
Na antiguidade, os nomes tinham muito a ver com a identidade de uma pessoa, por isso foi trocados os seus nomes.
Hoje se ganham apelidos que identifica uma pessoa (bullying).
A universidade da babilônia queria tirar a convicção de Deus em suas mentes e plantar novas ideias.
A babilônia mudou os nomes deles, porém não mudou o coração.
Daniel sabia exatamente quem ele era… Sabia quem era Deus na vida dele independente da circunstancias.
Quem é você? A quem você serve? Para quem você está trabalhando?
Suas convicções morais mudam seja qual for à situação?
A babilônia possuía ofertas vantajosas de riqueza e sucesso, porém, a bíblia mostra que Daniel e seus amigos não se perderam diante destas ofertas.
Daniel sabia que aquela cultura era apenas uma guerra de ideias, de lavagem cerebral, de relativização dos princípios morais e Daniel não negociou seus valores.
Daniel teve coragem para ser diferente mesmo quando pressionado por todos os lados.
Daniel possuía algo incomum entre os jovens: Princípios morais, caráter , convicção do que cria e conhecimento de quem era Deus.
O grande projeto de vida de Daniel era honrar a Deus. Ele era um homem de absolutos morais.
Por isto que o coração de muitas pessoas está gelado. Estão com a vida contaminada, estão cedendo espaços em suas mentes e corações para a cultura atual.
Pessoas que não decidem em seus corações de viver uma vida pura, íntegra. Estão transgredindo valores morais, estão sendo permissivos, relativizando o pecado e achando que tudo é normal.
As pessoas hoje estão vendendo a consciência, estão dizendo que os tempos mudaram… Mas deixa eu te lembrar de algo importante: A palavra de Deus não muda!
Daniel teve que aprender a língua e a literatura da babilônia… Isto significa que eles teriam que reformatar suas ideias, seus princípios, seus valores.
Mas nada tirava do coração de Daniel do que ele ouviu e aprendeu de seus pais… Ele aprendeu desde a infância a respeito da Lei do Senhor e seus princípios e jamais se desviou dela.
Daniel ganhou a confiança e a simpatia de Aspenaz, diretor da faculdade.
Precisamos aprender a reafirmar nossas convicções e valores sem perder a graça e a doçura das palavras.
Quando somos honestos, demonstramos confiança e assertividade e caráter, ganhamos a confiança das pessoas. Certamente elas confiaram nas nossas palavras.
Por fim, Daniel e seus amigos foram examinados, aprovados e considerados dez vezes mais sábios que os outros estudantes.
Daniel passou a servir ao rei da babilônia e se tornou Primeiro Ministro. Um homem de grande projeção em meio a uma cultura altamente pagã.
Daniel não se corrompeu, não negociou valores e não envergonhou o nome de Deus. Foi fiel nas pequenas coisas e colocado sobre o muito.
Daniel foi maior do que a própria babilônia… A babilônia caiu, pois tudo passa, mas Daniel continuou de pé, servindo ao seu Deus.
Vale a pena ser fiel e resgatar nossos valores e princípios da palavra de Deus.