Quando os filhos são rejeitados

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I Samuel 8:1 – 7

Creio que uns dos piores sentimentos que possam existir em um pai e uma mãe são quando uns dos seus filhos não são aceitos em determinados áreas.

Pode ser em determinado grupo, em sala de aula, em determinada faculdade ou em uma empresa.

Os sentimentos podem variar de família para familia, mas os pais e que acabam se sentindo mea-culpa por eles passarem por situações às vezes um pouco delicadas e ou embaraçosas.

Afinal nenhum pai ou mãe gosta que alguém fale mal de seus filhos ou os exortem. Afinal os pais é que sabem a educação que deram para ele.

O que às vezes passa despercebido aos pais é que nossos filhos não são santos. Mas os tratamos como se fossem os filhos mais perfeitos que alguém poderia ter.

Vejam a triste situação dos filhos de Samuel. Eles crescem e são colocados como lideres de pequenas cidades. Estão fazendo um estagio para governar uma nação.

 Porém, quando chega o momento deles sucederem o pai, eles são rejeitados pela liderança da nação.

E porque eles foram rejeitados?

Por não seguirem o exemplo e a conduta do de seu pai Samuel. Não viviam e não praticavam o que foi ensinado em casa.

Seus filhos eram gananciosos, aceitavam suborno e eram corruptos. Distorciam a justiça em troca de favores ilícitos e em beneficio próprio.

Qualquer semelhança com nossos políticos é mera coincidência.

O que aconteceu com os filhos de Samuel? Por que se tornaram homens assim?  Como isto foi acontecer em uma família honrada e com princípios cristãs?

O texto não nos relata como era a vida e a educação que seus pais deram aos seus filhos, mas certamente podemos especular algumas coisas a respeito.

Talvez muitos de vocês assistiram o filme “Efeito borboleta”, cujo objetivo é demonstrar os efeitos que um pequeno movimento faz.

 Um ato realizado lá atrás, repercuti nos dias de hoje.

 Este texto pode ser um exemplo deste efeito borboleta.

 Quem era Samuel?

Ele era aquele menino que foi consagrado a Deus e deixado por sua mãe Ana, aos cuidados do Sacerdote Eli.

Samuel ouve o chamado de Deus para substituir Eli. “Fala, pois o teu servo ouve”. E posteriormente a morte de Eli e de seus filhos, Samuel se tornam Juiz e sacerdote perante a nação de Israel.

O texto nos diz que agora chegou à vez de Samuel ser substituído por causa da sua tenra idade. Pela hierarquia o direito de exercer as funções para governar a cidade seria de seus filhos, Joel e Abias.

 Porém estes filhos foram rejeitados pelas autoridades de Israel.

A pergunta que podemos fazer é: por que filhos de um homem tão íntegro e líder tão respeitado pelo povo se tornaram homens perversos?

Será que Samuel fracassou na educação que deu a seus filhos? Onde Samuel errou?

Após um longo período tratando, ensinando e vendo alguns exemplos familiares podemos examinar algumas situações que ocorrem em família e reter alguns pontos para reflexão.

 

  • Excesso de espiritualidade e escassez de afetividade.

 

Conheço muitos pais crentes, fieis e tementes a Deus, pessoas respeitáveis e de padrão de conduta irrepreensíveis.

Porém seus filhos não estão na igreja ou abandonaram a igreja.

Fazem um bom trabalho na obra do Senhor, porém em casa lhes faltou afetividade com seus filhos, mais atenção, mais zelo, mais carinho, mais amor.

Pais que souberam apenas corrigir e exortar, mas pouco abraçou seus filhos, pouco sentou para ver o que pensavam e o que lhes passava no coração.

A falta de afeto familiar faz o filho sentir-se isolado, abandonado e futuramente poderá se estender para problemas mais graves ainda.

 

  • Realização pessoal e o sucesso na vida são mais importantes que relacionamento familiar.

 

 Hoje normalmente o pai e a mãe são quase que obrigados pelas circunstâncias a trabalharem e fica fora de casa a maior parte do tempo.

Não existe nada de errado nisto. Meus filhos inclusive foram criados desta maneira.

O grande problema é quando estão todos em casa e acabam faltando diálogo, brincadeiras, conversas, rolar no chão, brincar de cabaninha, casinha de bonecas, forte apache, futebol de botão, vídeo game, etc.

Não termos tempo para nossos filhos, ele são deixados ao abandono, ao acaso.

Quando fazemos isto estamos dando um recado para nossos filhos: “Aquilo que conquistamos é mais importante que a ternura e o aconchego familiar”.

 Tempo de qualidade em família, esta é a palavra chave.

 Quem sabe este foi o efeito borboleta na vida de Samuel, vejamos:

 Samuel foi educado longe de seus pais que o visitavam apenas uma vez por ano.

O exemplo de pai que ele teve foi o de Eli que o criou e a história de Eli com seus filhos foi um verdadeiro exemplo de fracasso como pai.

Os filhos de Eli, também fizeram o que Deus reprovava, mas foi exatamente este o exemplo de paternidade que Samuel teve.

 Temos então aqui algo importante para aprender:

Filhos aprendem observando a conduta dos pais. Eles estão nos observando. Silenciosamente em seus corações estão julgando nossas ações.

 Notem! “Muitos pais querem se mostrar perfeitos aos olhos dos filhos, mas se esquecem de que os filhos querem pais coerentes, não pais perfeitos”.

Os filhos também tem que aprender a se submeteram aos seus pais. Filhos hoje não respeitam mais seus pais.

O exemplo do educador Mario Sérgio Cortella.

Criança na praça de alimentação do shopping não parava e atrapalhava todos em volta com seus gritos e choramingando.

Ele chega diante da mãe e lhe diz: Leve tua filha embora, ela não está preparada para viver em comunidade.

E a senhora é uma péssima educadora… Não pode deixar sua filha fazer o que bem quer e o que bem entende.

 A criança precisa sabe o que é responsabilidade, desejos direitos e deveres.

 Hoje se um professor tomar o celular de um aluno em sala de aula é capaz de ele responder a um processo.

Não seria mais prudente ensinar que em aula que em sala de aula não se deve fazer uso de celular?

Ou a culpa é do professor?

Precisamos repensar nosso papel como educadores para que nossos filhos também não sejam rejeitados pela sociedade.

Samuel foi um ótimo juiz e governador sobre uma nação, mas um péssimo exemplo de pai.

Que possamos saber educar nossos filhos, para que este efeito borboleta não recaia sobre uma geração futura que não vai ter escrúpulos.

Que possamos amar nossos filhos, amar nossos pais, como se não houvesse amanhã.

Amar é educar, ensinar a criança no caminho que deve andar… E quando for jovem jamais se desviará dele.

Lembre-se sempre: Não temos lares perfeitos, não somos pais perfeitos, não temos filhos perfeitos, mas Jesus pode transformar uma casa inteira.

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