A IGREJA PRECISA VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR

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Apocalipse 2: 1 – 7

Na semana passada falamos que a igreja está enferma espiritualmente e que ela precisa voltar-se para Deus. Ela precisa ouvir o som da trombeta tocando, levantar-se e voltar a caminhar.

Vamos falar que a igreja precisa voltar ao primeiro amor e para isto vamos usar uma metáfora: O casamento.

O apostolo Paulo, escrevendo a mesma igreja de Éfeso fez esta metáfora quando estava falando a respeito dos deveres conjugais e que o homem e a mulher deve se tornar uma só carne. (Ef. 5: 22 – 33).

“Este é um mistério profundo; refiro-me, porém a Cristo e à igreja”. (32).

Francis Shaefer, um pensador cristão fazendo a mesma metáfora diz o seguinte: A pior coisa não é o adultério ou a infidelidade conjugal, mas a indiferença, a apatia e a acomodação.

A igreja de Éfeso vivia a mesma tragédia. Ela era uma boa igreja para se frequentar e com muitos elogios da parte de Jesus.

Existia nela um, porém. Em nossa caminhada sempre existe um, porém.

Este, porém, era a apatia espiritual, frieza espiritual. A igreja estava acomodada com a situação. E isto era algo grave que Jesus tinha contra aquela igreja.

A igreja de Éfeso não era uma igreja adultera, promiscua, pelo contrário, ela  era uma igreja fiel e que merecia muitos elogios da parte de Jesus.

Vejam os elogios a esta igreja:

a) Era uma igreja que trabalhava arduamente e perseverante.

Evangelizava, cuidava das crianças, ajudava aos pobres.

b) Não tolerava homens maus, sabia distinguir o que é certo e o que é

errado.

c) Sabia discernir quem eram os falsos “apóstolos” e os punham a prova.

Ela sabia quem eram os impostores. Falsos profetas.

d) Ela sabia suportar sofrimentos por causa do nome de Jesus.

e) Ela odiava a prática dos “nicolaítas”, estes eram os que colocavam

cabresto no povo.

Enfim, vemos que era uma igreja comprometida com a verdade teológica e  doutrinária. Ela era perseverante e fiel.

Nos dias de hoje inclusive é muito difícil encontrar uma igreja assim, com tantas qualidades e elogios.

Era uma igreja que qualquer cristão gostaria de ser membro, pois a avaliação dela era muito boa.

Agora, veja bem, ninguém faz tudo isso sem amar não é verdade? Ninguém trabalha com tanto entusiasmo se não ama a Jesus.

A grande questão aqui não é o abandono do amor, mas sim o abandono do “primeiro amor”. E esta é a palavra de condenação à igreja.

Voltando a metáfora do casamento, na semana passada comemorei 34 anos de casado.

Ninguém permanece casado 15, 20, 30, 40 anos demonstrando zelo, cuidado e fidelidade se não ama. É claro que existe amor.

Afinal, passaram a vida juntos, por sofrimentos, por provas. Lutaram pela educação dos filhos, passaram dias difíceis.

Cuidam um do outro, existe respeito, existe ajuda mútua… Contudo, porém, é possível que tenham abandonado o “primeiro amor”.

Vejam bem, depois de anos convivendo juntos, a gente se acostuma um com o outro. Cada um cumpre rotineiramente suas responsabilidades e fazem de tudo para se conviver bem.

A família vai bem, obrigado, os filhos cresceram, existe ordem na casa que está sempre arrumada… Mas existe um, porém… Abandonaram o primeiro amor.

Não existe mais brilho no olhar, o amor não é mais o mesmo…

Vivem indiferentes um ao outro…

Caíram na rotina do dia a dia.

“Mas eu me refiro a Cristo e a igreja”.

A igreja ama a Jesus, mas não ama mais como amou um dia. A igreja abandonou o “primeiro amor” e esta é a palavra de condenação que Jesus tem para com a igreja.

Abandonamos o primeiro amor quando examinamos os outros e não examinamos a nós mesmos.

Tornamos-nos rigorosos demais, julgamos demais, somos muito críticos a tudo e nos tornamos exigentes demais.

Perdemos a espontaneidade, o brilho nos olhos, a paixão, a fé de uma criança, a naturalidade dos relacionamentos.

Perdemos o dom de amar e deixar que este amor nos guie e nos motive.

Perdemos a sensibilidade para as coisas espirituais, não temos mais desejos espirituais e nos tornamos impotentes e inoperantes espirituais.

Voltando a metáfora do casamento: Permanecemos casados, mas não é mais o amor que nos motiva.

São nossas obrigações e responsabilidades. São os nossos deveres conjugais.

Tanto na igreja como no casamento precisamos reaprender a ascender á chama de novo.

O coração precisa arder de novo, precisamos renovar nosso compromisso com Jesus e com a família.

Durante um longo período de convivência, muitas coisas foram contaminando o nosso coração, nossa alma, nossa mente.

Fomos ficando frios, apáticos, indiferentes e agora percebemos que estamos em um caminho estranho e precisamos voltar ao inicio de tudo.

Precisamos passar por um processo de desintoxicação e sermos purificados outra vez pela palavra da verdade.

Voltar à pureza da alma, pureza da fé… A pureza de ver Deus por causa de Deus e de amar a Deus pelo que Ele é.

Lembrar que a nossa melhor porção e herança é o Senhor nosso Deus.

Precisamos romper com o que está entristecendo O noivo. É romper com os laços que está fazendo o nosso coração esfriar, romper com a indiferença.

Como esta doença chamada indiferença é curada?

Mudando a mente, mudando o coração. Mudança de hábito, mudança de comportamento.

Quando precisamos emagrecer precisamos de uma reeducação alimentar…

Precisamos de uma reeducação espiritual.

“Lembre-se de onde caiu”! Arrependa-se e pratique as obras que praticava

no princípio.

Devemos manter o equilíbrio entre o amor e a verdade que devem andar juntos, senão vira um “Saci-Pererê”.

Um alerta importante para a igreja: “Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele”.

O juízo começa pela casa de Deus. Antes de julgar o mundo, Jesus julga a igreja.

A igreja de Éfeso deixou de existir. A cidade de Éfeso também deixou de existir e hoje existem somente ruínas e lembranças do passado.

Que você também não seja removido do seu lugar, mas que você venha para comer da árvore da vida.

A árvore da vida, fala de vida eterna… Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz à igreja.

O propósito de Deus não é que sejamos apenas uma boa igreja, fiel, sadia doutrinariamente e firme.

Seu propósito é que sejamos uma igreja que ame a Jesus com todo o coração, com toda a alma e com todo o entendimento.

Uma igreja que volte ao primeiro amor…

Sobre Comunidade Moriah

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