Por Wilton Santos
Texto para Reflexão: Leia Hebreus 10:25
Quantos já começaram alguma coisa na vida e acabaram desistindo ou desanimando? Um curso, uma faculdade, reforma na casa, academia, dieta, e tantas outras coisas.
Os “hebreus” – a quem o autor da carta aos Hebreus se dirige – eram judeus cristãos. O autor de Hebreus escreve aos judeus cristãos que tinham se convertido, isto é, que tinham aceitado a Jesus como seu Messias, mas estavam desanimados a ponto de abandonar a sua fé em Cristo Jesus, e voltar para a sua antiga fé judaica.
Eles estavam desanimando em sua fé.
Eles aceitaram as Boas Novas, mas, com o passar do tempo e com tantas perseguições, muitos começaram a desanimar e a desistir.
Da mesma forma, em nosso tempo, quantas pessoas um dia aceitaram a Cristo, mas no meio da sua caminhada se perderam ou desistiram?
Quantas pessoas têm deixado de se reunir como Igreja? Quantos têm deixado de estar na Casa do Senhor para estar em outro lugar qualquer, que pouco acrescenta às nossas vidas?
Quantos receberam um dom, um talento, e não o estão usando na casa de Deus no seu Reino?
O autor de Hebreus nos faz um apelo à perseverança.
Perseverança significa persistir, permanecer estável, insistir em um trabalho ou objetivo.
Em Mateus 10:22, Jesus adverte os discípulos que eles seriam vítimas de perseguições no mundo, mas que “todo aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Por que não podemos deixar de nos reunir como Igreja?
Uma pequena ilustração nos ajuda a compreender melhor a importância de se persistir na Igreja.
“Certo dia. um homem, que frequentara uma igreja local, decide escrever para o jornal de sua cidade dizendo o seguinte: ‘Já não faz sentido ir todos os domingos para a igreja, pois a tenho frequentado por uns 30 anos e, durante todo esse tempo, já devo ter ouvido uns três mil sermões. Porém, em todo esse tempo, não consigo me lembrar de um sermão sequer.
Com isso. só consigo concluir que estou perdendo o meu tempo e o pastor perdendo o tempo dele em preparar e pregar tantos sermões.
Essa carta iniciou uma grande repercurção na Coluna “Cartas ao Editor”, para satisfação do Editor Chefe do Jornal que, por semanas, foi recebendo e publicando várias cartas sobre o assunto, até que alguém escreveu a seguinte carta:
‘Estou casado há trinta anos e, durante todo esse tempo, minha esposa já deve ter preparado para mim umas trinta e duas mil refeições. No entanto, assumo que, com tantas refeições, já não consigo me lembrar de nenhuma delas ou sequer de algum dos cardápios que ela tenha preparado.
Mas de uma coisa eu sei: todas essas refeições me nutriram e me deram força para fazer o meu trabalho e me sustentaram com saúde todos estes dias de minha vida.
Se minha esposa não tivesse feito todas essas refeições, eu estaria, hoje, fisicamente morto.
Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar a minha fome espiritual. eu hoje estaria morto espiritualmente”.
A Igreja é o lugar onde recebemos nosso alimento espiritual, onde somos fortalecidos pelo Senhor.
Em Mateus 6:35, Jesus diz: “Eu sou o Pão da vida”.
Quantos estão ficando doentes, fracos, desnutridos e, até mesmo, morrendo espiritualmente? Tudo porque têm deixado de se reunir como Igreja, têm deixado de compartilhar o Pão da Vida, têm fraquejado em sua fé
Em Romanos 10:17, Paulo nos lembra que “a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo”.
Se não nos alimentarmos da Palavra, se não ouvirmos a mensagem a respeito de Cristo, ficaremos fracos e sem fé, ficaremos vulneráveis às ciladas de Satanás.
Você pode até pensar que já ouviu e sabe de tudo isso, que é parte do “beabá” do Evangelho. Porém, o grande segredo não está em saber intelectualmente tais coisas, mas em praticá-las.
Muitas famílias têm sido destruídas porque deixaram de congregar, deixaram de ouvir a palavra e, com isso, perderam a sua fé.
Hoje vemos pais se levantando contra filhos, filhos contra pais, divórcios, adultérios, alcoolismo, drogas, idolatrias e outros tipos de males entrando em lares que antes eram cristãos.
Isso tudo nos mostra as consequências e o motivo pelo qual não podemos deixar de nos reunir como Igreja.
Em Hebreus 10:25, o autor da carta nos diz: “(…)procurem encorajar uns aos outros”
Encorajar é encher com coragem, incentivar, animar, estimular.
Nisto. podemos ver o quanto nossos irmãos da Igreja são importantes em nossas vidas, e como o oposto também é verdadeiro: nós também somos importantes na vida dos nossos irmãos.
Se dois caminham juntos, um poderá levantar o outro quanto este estiver caído. Porém, se andarmos sozinhos, quem nos levantará? Na Igreja, somos cheios de poder e autoridade dados pelo Nome de Jesus para levantar os que estão caídos.
Quando alguém precisar de oração, você pode ser levantado para orar pela pessoa, da mesma forma que ela poderá ser levantada por Deus para interceder pela sua vida.
Podemos ser levantados como intercessores na Igreja, orando por nossos pastores e líderes.
Nós não apenas precisamos uns dos outros. Nós DEPENDEMOS uns dos outros.
O Salmo 133:1 ensina: “como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido, como se fossem irmãos”.
Se permanecermos juntos, nada poderá abalar a nossa fé. Temos que permanecer firmes, até que alcancemos a promessa maior: a vida eterna.
Hebreus 12:1 nos diz: “Portanto, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha – todo pecado – e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós”.
Devemos nos empenhar em abandonar tudo aquilo que afasta da plena comunhão, e tudo aquilo que nos impede de andar nessa fé. Devemos abandonar nossos pecados e tudo aquilo que nos atrapalha de ter uma vida nos caminhos do Senhor.
Hebreus 10:39 nos conclama, novamente, a ser perseverantes : “Nós não somos gente que volta atrás e se perde. Pelo contrário, temos fé e somos salvos”.
Temos que crer e perseverar e jamais voltarmos atrás em nossas palavras e atitudes em relação ao Reino de Deus. Temos que buscar crescer a cada dia em fé e em vontade de aprender e de estar na presença do Senhor, em comunhão com nossos irmãos.